No período de 28 a 30/3, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) deu início à implantação do novo programa de formação de formadores, por meio da aplicação do nível 1, módulo 1. O curso reuniu 30 participantes. O novo formato oferece uma etapa presencial de três dias em que os participantes […]
No período de 28 a 30/3, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) deu início à implantação do novo programa de formação de formadores, por meio da aplicação do nível 1, módulo 1. O curso reuniu 30 participantes.
O novo formato oferece uma etapa presencial de três dias em que os participantes fazem uma imersão na fundamentação sobre os princípios pedagógicos que orientam a proposta educacional da Escola Nacional. Depois, participam da segunda fase, que é realizada por meio da plataforma EaD da Enfam, quando os alunos têm a oportunidade de aprofundar estes ensinamentos. Na terceira etapa, eles se reúnem por dois dias para consolidar o processo de articulação entre teoria e prática.
Segundo o desembargador Eladio Lecey, presidente da Comissão de Desenvolvimento Científico e Pedagógico da Enfam, “houve grande aceitação por parte dos participantes, uma vez que, no formato anterior do curso, eles precisavam se ausentar de suas localidades por duas semanas, e agora, com a introdução da fase a distância, de 40 horas, propicia-se um menor tempo de afastamento de suas atividades”, destacou o desembargador.
Formação
O professor formador da Enfam, pedagogo Erisevelton Silva Lima, ressaltou que a Enfam não está fazendo apenas capacitação. “Fazemos mais do que isso, fazemos formação. A capacitação, muitas vezes, fica no nível técnico do treinamento e, para a Enfam, a formação é alicerçada em metodologias ativas, em princípios humanísticos, éticos, contribuindo para a melhoria Judiciário como um todo”, frisou.
Para o juiz federal e também formador da Enfam, José Antônio Savaris, a formação leva a entender qual o perfil de juiz que a sociedade precisa. “Podemos refletir sobre qual é o juiz que está fazendo falta nos lugares mais distantes do nosso país. Um juiz de diálogo, que compreenda sua realidade, seu papel, que não é um papel de protagonista, de supremacia, mas de um igual que julga o seu semelhante. Parece que este aspecto crítico, somado ao dogmático, que cada um já tem, é uma contribuição fundamental para a prática”, afirmou o juiz.
Savaris ressaltou que o mote da formação da Enfam é a ideia de ética e de humanismo na atuação do juiz. “Parece um lugar comum, que todos agem dessa forma, mas quando refletimos sobre isso, sobre nossa prática do dia a dia, nós somos interpelados com uma nova exigência, com uma nova demanda, de um juiz de fato ético e humanista”, destacou.
Nesta edição, além de formadores da Enfam e formadores que atuam nas escolas judiciais, também participaram magistrados convidados com o objetivo de ampliar o quadro de formadores da Escola Nacional, para ministrar o Módulo Nacional da Formação Inicial. Houve também a participação de convidados especiais, gestores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF).