Um dos ganhos para a Enfam durante a gestão do ministro Mauro Campbell Marques foi o fortalecimento da parceria entre a Escola e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio do projeto Formação Judicial Qualitativa. Durante o biênio de 2022 a 2024, diversas atividades foram realizadas com enfoque na melhoria das capacidades de gestão e inovação nas ações promovidas pela Escola.

No início de sua gestão, o diretor-geral da Escola, ministro Mauro Campbell Marques, ressaltou a importância da parceria com o PNUD para propiciar recursos humanos e financeiros para o desenvolvimento de ferramentas, visando à contínua capacitação da magistratura brasileira. “O PNUD, com sua reconhecida expertise, nos auxiliará a identificar as dificuldades enfrentadas na prestação jurisdicional, sejam de ordem técnica, instrumental, de recursos humanos e procedimentais, a fim de que se possa encontrar soluções adequadas capazes de tornar o serviço público que prestamos muito mais eficiente, célere, inclusivo e tecnológico, sempre tendo como norte o aperfeiçoamento de todo o quadro da magistratura brasileira”, destacou.

Resultados
Durante os dois anos, o projeto apoiou mais de 80 ações educacionais, que contaram com mais de 2.800 participantes. Para o fortalecimento pedagógico, foram realizadas ações como o diagnóstico sobre necessidades de formação e aperfeiçoamento da magistratura, criação de painel de ferramentas e metodologias, inovação e boas práticas em ambientes virtuais de aprendizagem e acompanhamento das formações no dia a dia, incluindo o uso de ferramentas como diário de bordo.

Ao todo, 11 consultorias técnicas foram contratadas para aprimorar a gestão da Escola. Entre elas, autoavaliação institucional e a construção e implementação de um modelo de gestão estratégica. Destaque para a Carta Acordo, com a Universidade de Brasília, que deu início a um processo de reformulação do EducaEnfam, plataforma de gestão acadêmica e administrativa da Enfam.

A equipe da Escola foi reforçada com profissionais de diferentes expertises, que fazem parte do PNUD e do programa de voluntariado da ONU. Por ano, cerca de 15 profissionais atuaram em parceria com os colaboradores da Enfam e trouxeram novas perspectivas nas áreas de gestão arquivística, pedagogia, biblioteconomia, design gráfico e audiovisual, cerimonial e eventos, jornalismo, revisão, entre outras.

Houve ações de internacionalização, envolvendo o intercâmbio com escolas judiciais e da magistratura de outros países, além de universidades. De 2022 a 2024, foram cumpridas missões internacionais para países como Moçambique, Canadá, Itália, Espanha, Portugal, França e Panamá, envolvendo mais de 150 atores do Judiciário nacional e internacional.

Próximos passos
Diversas atividades estão previstas para o segundo semestre deste ano, incluindo os quatro eixos de atuação do projeto, que tratam de aperfeiçoamento da magistratura, produção e gestão do conhecimento, fortalecimento técnico e de gestão da Enfam, e gestão eficiente do projeto.

Entre as ações, o desenvolvimento e a aplicação de novas ferramentas tecnológicas para a inovação nas formações continuadas, como o fortalecimento da educação a distância; a reformulação do site da Enfam, após consultoria sobre experiência do usuário. Também terão destaque o desenvolvimento de módulos do EducaEnfam 2.0 nas áreas de gestão educacional e administrativa, orçamentária e financeira, em parceria com a equipe de tecnologia da informação do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e a identificação, sistematização e compartilhamento de boas práticas e experiências do projeto com outras parcerias do PNUD, além de demais parceiros e partes interessadas.