Novo formato do curso de formadores encerra com destaque à formação transdisciplinar

A primeira edição do novo formato do Curso de Formação de Formadores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) termina nesta sexta-feira (5), após cinco dias de aulas dinâmicas e debates intensos. O foco foi na transdisciplinaridade, o que atraiu juízes, desembargadores e um ministro de Tribunal Superior. O interesse: aprender a […]

FORMAÇÃO-DE-FORMADORES-3A primeira edição do novo formato do Curso de Formação de Formadores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) termina nesta sexta-feira (5), após cinco dias de aulas dinâmicas e debates intensos. O foco foi na transdisciplinaridade, o que atraiu juízes, desembargadores e um ministro de Tribunal Superior. O interesse: aprender a formar a magistratura brasileira para prestar uma justiça melhor ao cidadão.

O diretor-geral da Enfam, ministro Humberto Martins, avaliou que o resultado do curso no novo formato superou as expectativas, haja vista a participação ativa de magistrados de todos os níveis do Judiciário. “Estamos aprendendo que só se faz uma magistratura com qualidade por meio da educação. É uma nova leitura com relação ao ensino”, definiu.

O ministro destacou aspectos do novo formato do Curso como o humanismo, a ética e a transdisciplinaridade. Para Humberto Martins, “O magistrado tem que ter o preparo jurídico, mas também o preparo humano e em várias ciências que sirvam para o desempenho do trabalho em favor do cidadão brasileiro.”

Travessia

O desembargador Roberto Portugal Bacellar, do Tribunal de Justiça do Paraná, formador da Enfam e um dos coordenadores do curso, classificou o momento como “uma travessia entre o que se tem hoje como magistrado, e o que se espera ter como um magistrado humanista, ético, voltado à melhor prestação de um serviço para a sociedade, com uma visão transdisciplinar”.

O desembargador Bacellar reconhece que o desafio parece difícil de ser alcançado, mas será vencido gradativamente. “É o juiz formando o juiz, a partir de casos da realidade. O magistrado desenvolve habilidades que vão se transformar em competências para a atividade profissional dele como juiz”, descreveu.

No último dia do curso, os alunos exercitaram novos métodos do que os formadores chamam de “ensinagem” – isto é, ensino que gere aprendizagem. Foram também adotadas dinâmicas, trabalhos em grupo, sociodramas, phillips 66, word café, que são métodos pedagógicos usados para se trazer reflexões sobre um caso da realidade, teorizar-se e voltar-se para o caso, com o objetivo de se transformar a própria realidade.

“Queremos que o juiz seja o que ele verdadeiramente é. Um juiz que desenvolva os conceitos e as bases humanistas certamente será um melhor profissional”, concluiu o desembargador Bacellar.FORMAÇÃO-DE-FORMADORES-2

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