Uma turma com 25 participantes, entre magistrados e técnicos, concluiu o curso de Formação de Formadores realizado pela Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Emagis), em Porto Alegre (RS), e contou com a parceria da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal (CJF) e da Escola Nacional da Magistratura da França (ENM). Os responsáveis pela coordenação científica do evento são os diretores da Enfam e do CEJ, ministros João Otávio de Noronha e Humberto Martins, e da Emagis, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.

O curso de Formação de Formadores integra programa educacional voltado para o desenvolvimento de competências necessárias aos profissionais que atuarão na formação de magistrados. Entre os objetivos do programa, estão o de formar um corpo docente permanente para garantir a uniformidade, a continuidade e a qualidade das ações formativas e o de elevar o grau de qualificação técnico-pedagógica dos formadores para o desempenho desse papel.

A Escola Nacional da Magistratura da França (ENM), reconhecida pela excelência em matéria de formação de magistrados, foi escolhida para essa parceria em razão do êxito de experiências anteriores em que magistradas francesas conduziram o processo de formação de formadores. O curso realizado na 4ª Região foi ministrado pelas magistradas Sabine Corvaisier, coordenadora regional de formação, e Bérangère Raffy, coordenadora de formação da Escola Nacional de Magistratura Francesa.

O objetivo geral do curso é permitir aos participantes a aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias à concepção, implementação e avaliação de programas de formação inicial e continuada, de modo a atender às especificidades da formação profissional especializada. “O curso percorreu, de modo consistente, todas as etapas de construção de uma ação educacional, possibilitando um real aperfeiçoamento, especialmente no que tange às metodologias de ensino. Foram muitos os canais abertos para a aprendizagem: refletindo sobre questionamentos constantes, atuando como formador e como observador oculto; refletindo sobre as considerações do grupo de magistrados; realizando os exercícios propostos, ouvindo e vendo”, afirma Luana Pimenta de Andrada, subsecretaria substituta de formação e aperfeiçoamento de magistrados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Luana Andrada, que é pedagoga e foi convidada pela Enfam para participar do evento, ressalta ainda que, além do conhecimento técnico, o curso permitiu grande troca de experiências entre Brasil e França em relação à formação de magistrados.

Uma nova edição do curso está prevista para o segundo semestre deste ano.