Começou nesta segunda-feira (20), em Brasília (DF), o módulo 3 do curso Formação de Formadores (nível 1) para os alunos que concluíram, em outubro deste ano, o módulo 2, realizado em ambiente virtual. Ao todo, 83 inscritos das regiões Norte, Nordeste e Sul do País participam da iniciativa, entre magistrados e servidores que atuam na […]
Começou nesta segunda-feira (20), em Brasília (DF), o módulo 3 do curso Formação de Formadores (nível 1) para os alunos que concluíram, em outubro deste ano, o módulo 2, realizado em ambiente virtual.
Ao todo, 83 inscritos das regiões Norte, Nordeste e Sul do País participam da iniciativa, entre magistrados e servidores que atuam na educação profissional de juízes.
Com duração de dois dias (16 horas-aula), o módulo representa a última etapa do curso e funciona como síntese de toda a formação recebida.
Palestras
Pela manhã, os alunos acompanharam duas palestras com foco no trabalho do formador, seguidas de debate. Na primeira, a professora (PhD) Léa Camargos Anastasiou abordou o uso de estratégias ativas no processo de ensinagem a partir de conceitos que favorecem situações de aprendizagem mais significativas.
Na oportunidade, ela destacou o conceito de “metacognição” – entendida como a capacidade que todos temos de compreender e refletir sobre nosso processo de aprendizagem. Segundo a especialista, é a partir dessa compreensão que o aprendiz se liberta das prescrições tradicionais e se torna um aluno mais autônomo, motivado e satisfeito com sua aprendizagem.
Na segunda palestra, o professor (PhD) José Vieira de Souza tratou das possibilidades de avaliação no desenvolvimento do processo formativo. Sua fala foi estruturada em dois eixos: o da avaliação da aprendizagem como elemento norteador da ação pedagógica e o das possíveis contribuições que o processo avaliativo traz para a aprendizagem.
Ao demarcar os conceitos de “testar”, “medir” e “avaliar” – este último, um ideal ainda pouco praticado em ambientes de ensino –, Vieira assinalou que avaliar consiste em fazer julgamentos sobre resultados, comparando o que foi obtido com o que se pretendia alcançar do aluno.
De acordo com o professor da UnB, a avaliação presta-se também a indicar quais mudanças devem ser feitas quando a aprendizagem não está sendo eficaz. Citando o pesquisador peruano Santiago Cueto, especialista na área, Vieira sentenciou: “Avaliar educação e não fazer nada é como pôr termômetro e não dar remédio”.
Oficinas
À tarde, os participantes foram organizados em grupos e participaram de oficinas temáticas. A interação buscou explorar, de forma prática, aspectos e estratégias relacionados à atuação do magistrado docente.
Cinco oficinas foram realizadas: Promover a participação do aluno no desenvolvimento da aula expositiva; Aspectos da comunicação que apoiam o desenvolvimento da atuação docente; A avaliação: aspectos do acompanhamento do processo de ensino e de aprendizagem; Planejamento: a organização de estratégias de ensino para o desenvolvimento de competências; e O uso das metodologias ativas como alternativa de articulação entre a teoria e a prática: explorando a problematização – estudo de caso, dramatização e simulação.
O curso termina nesta terça-feira (21) com uma nova rodada de oficinas, pela manhã, e a realização da palestra Princípios da ética e do humanismo como temas transversais na formação do magistrado, a ser ministrada pelo juiz federal Marco Antônio Barros Guimarães, no início da tarde. Ao final, o secretário-geral da Enfam, juiz Carl Olav Smith, fará uma exposição acerca do tema Reflexões sobre a proposta da Enfam para a formação de formadores.
Veja mais fotos do curso no álbum da Enfam no Flickr.