Enfam realiza oficina de inovação com magistrados egressos do mestrado

Atividade aconteceu na quarta-feira e abordou a educação judicial do futuro

“Para melhorar a educação judicial, é necessário entender claramente o que o aluno precisa, e não o que a Escola imagina. A proposta da Enfam de ouvir alunos que já participaram do mestrado para, a partir disso, propor melhorias é fantástica”, afirmou a servidora Gisele Molinari Fessore, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Ao lado de Miliany Santos Meguerian, do Conselho da Justiça Federal (CJF), apresentou a oficina de inovação A Educação Judicial do Futuro, realizada na quarta-feira (9) pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). A ação ocorreu no Laboratório de Inovação.

A oficina teve como público-alvo egressos da primeira e da segunda turma do mestrado profissional em Direito e Poder Judiciário desenvolvido pela Escola, com o objetivo de identificar elementos para a avaliação da educação judicial e os impactos na prática judicial e na sociedade.

A ação faz parte do Ciclo de Oficinas Colaborativas da Enfam, que pretende realizar, ao longo do ano, cerca de 20 oficinas com diferentes públicos da Escola, como discentes, docentes, magistrados e membros de escolas judiciais. Elas têm como foco a cocriação de soluções inovadoras para os desafios da formação da magistratura nacional, o alinhamento institucional e o aprimoramento dos processos educacionais.

Sobre a oficina
A atividade se iniciou com uma recepção dos participantes, feita pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), que reforçou o papel das oficinas como espaços de escuta ativa para o aprimoramento da Escola. Em seguida, Gisele e Miliany iniciaram a atividade utilizando a metodologia Design Thinking, que ajuda a resolver problemas complexos de forma criativa e inovadora a partir do design e de anotações.

Segundo Gisele, a abordagem permite que as ideias ganhem forma, foco e objetividade: “Quando você tira uma ideia da mente e transforma em algo concreto, você registra aquilo, reflete sobre sua própria fala e sobre novas percepções”, explicou. Miliany complementou sobre a importância de técnicas de inovação como essa. “Na inovação, nada é jogado fora. Essa é a ideia da inovação, em que não existe certo ou errado, tudo é válido”, disse.

Durante a oficina, os participantes foram divididos em quatro grupos. Na primeira etapa, os magistrados se apresentaram e as laboratoristas propuseram uma reflexão sobre momentos marcantes do curso, desafios e aprendizados. Cada participante registrou essas informações em um papel, formando um mural coletivo.

Em seguida, os grupos escreveram sobre suas jornadas na formação, incluindo lacunas, barreiras, o que gostariam de aprender, o que não funcionou bem e as necessidades não atendidas. As questões que mais se repetiam foram compartilhadas e discutidas com a turma.

Com base nas discussões, os grupos priorizaram os problemas mais relevantes e iniciaram o debate de soluções para esses problemas, que foram estruturadas em protótipos. Cada protótipo apresentava o problema, a solução sugerida, como funcionaria, para quem a solução seria positiva, benefícios e relevância. Cada grupo apresentou o seu protótipo para os demais colegas.

Ao final da oficina, as laboratoristas se responsabilizam por organizar, fotografar e estruturar todo o conteúdo produzido pelos participantes. Depois disso, elas encaminham o material para a Enfam, que vai buscar implementar melhorias no mestrado e na educação judicial como um todo, com base no material.

9/4/2025 I Segunda oficina do Ciclo de Oficinas Colaborativas Enfam 2025 I Brasília/DF