ENFAM realiza FoFo N1M3 para magistrados das cinco regiões do Brasil

Formação ocorreu na sede da Escola, em Brasília, para cerca de 60 juízes e juízas

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) realizou nos dias 15 e 16 de junho, em Brasília, o curso Formação de Formadores – Nível 1 Módulo 3 (FoFo N1M3), voltado para cerca de 60 magistradas e magistrados de catorze estados das cinco regiões do Brasil. A atividade tem como propósito desenvolver competências e habilidades para atuação no planejamento de ações de formação e aperfeiçoamento da magistratura. Para este momento, o tema foi direcionado aos desafios da formação para o desenvolvimento de competências: estratégias metodológicas e avaliativas para promover aprendizagens.

A abertura foi realizada por Julia Maurmann Ximenes, secretária de Gestão Acadêmica e de Formação (SGF) da Enfam, também palestrante na formação. Em sua fala, mencionou a ausência do diretor-geral, o ministro Mauro Campbell Marques, bem como dos secretário-geral e executivo, Cássio André e Fabiano Tesolin, em decorrência da realização do I Congresso Brasileiro de Precedentes. “Infelizmente não estamos com a presença do ministro e dos secretários porque estamos com grande evento no STJ, que coincidiu com este. Mas dou às boas vindas em nome da Enfam.” Ela falou ainda que este é o último estágio do FoFo e uma grande conquista no âmbito do percurso de gestão e formação.

Também estiveram como palestrantes: Emmily Flügel Mathias, pedagoga, mestre e doutora em Educação; Erisevelton S. Lima, professor doutor da Secretaria de Educação do Distrito Federal; Liliane Machado, professora doutora da Universidade de Brasília (UnB); Marcos de Lima Porta, juiz formador, doutor em Direito do Estado; Renata Andrade Lotufo, juíza federal e formadora, mestre em Direito; e Sara Fernanda Gama, juíza e formadora, mestre em Direito Público. A mediação foi de Marizete da S. Oliveira, coordenadora pedagógica da Enfam.

Marizete compartilhou a importância do papel da coordenação pedagógica de fazer a articulação para que os docentes possam planejar suas atividades considerando as realidades, perfil do público, características, e como isso impacta os resultados. “Pensamos em desenvolver essa formação considerando também as metodologias que integrem tecnologias, que chegaram a partir dos registros reflexivos e a avaliação de diagnósticos”, explicou.

Despertar na Educação

Para Flávia Monteiro, juíza da segunda vara judicial de Guaporé, no Rio Grande do Sul, participar da formação foi uma experiência enriquecedora. “Tive a oportunidade de compilar todas as informações colhidas nos módulos I e II. Nós conseguimos sintetizar, esclarecer todas as dúvidas. Foi uma revisão geral e um aprimoramento dos detalhes”, disse. Já para Felipe Abraão, juiz de Direito da Comarca de Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, não é apenas um método bom que vai fazer a aula boa, mas a intencionalidade da aula para a definição da metodologia. Ele contou ainda que o FoFo “é um despertar na educação. A Enfam consegue ter o privilégio de desenvolver competências e realmente criar conhecimento dentro dela”. 

A juíza do Tribunal de Justiça de Goiás Patrícia Ghedin ressalta que a participação no FoFo foi uma virada de chave. “Porque eu realmente tinha um pouco de preconceito com a metodologia ativa, pois eu sou de uma educação um pouco mais tradicional e achava que esse método era realmente um método que alcançava objetivo, mas não. Durante os nossos três módulos, os professores, de uma forma muito grandiosa, muito generosa, nos mostraram como é importante a educação de formadores, partindo de um problema trazido para prática.” 

O magistrado do Tribunal de Justiça de São Paulo Pablo de Camargo destaca que o curso irá agregar muito em sua vida. “Está sendo excelente. Eu queria parabenizar a Escola. Eu sinto que o FoFo promoveu uma verdadeira mudança na maneira como eu vejo a educação. A comunicação especialmente na valorização do conhecimento que o aluno já tem, na valorização do aluno como um adulto responsável, com conhecimento prévio e que tem muito conhecimento para compartilhar, inclusive, com os colegas. Fiquei muito feliz de estar aqui.”

 A formadora e professora da UnB Liliane Campos Machado comentou sobre a importância dessa formação para o Judiciário brasileiro. “A gente entende que devolvemos para a sociedade brasileira mais de cinquenta formadores que vão replicar os conhecimentos nas formações iniciais e continuada. O importante é a gente perceber, na narrativa dos alunos, como eles têm uma mudança de postura para reconfigurar a própria prática. Como vão reconfigurando inclusive o ser e estar na profissão docente para além da prática judicante, para além da prática profissional enquanto servidor da Justiça”, finalizou.

[16/06/2023] Brasília/DF - Formação de Formadores Nível 1 Módulo de Sistematização