Enfam homenageia ministra Assusete Magalhães durante encerramento de congresso

Vídeo destacou os principais momentos da carreira da magistrada, que se aposenta este ano

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães recebeu homenagem da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) durante o encerramento do I Congresso Brasileiro Lei de Improbidade Administrativa, realizado nesta sexta-feira, 24 de novembro, no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF). Prestes a finalizar o evento, o diretor-geral da Escola, ministro Mauro Campbell Marques, solicitou a exibição de vídeo com os principais momentos da carreira da ministra, que se aposenta este ano.

A Enfam também presenteou a ministra com uma placa em homenagem a todos os anos que ela dedicou à magistratura. A placa foi entregue pelo ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca, que aproveitou a oportunidade para expressar a honra em participar do momento especial e destacar os cinco anos em que trabalhou como juiz auxiliar da homenageada. “Esta mulher é a única presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em mais de 30 anos de nossa Constituição”, revelou. O ministro Afrânio Vilela também acompanhou a homenagem.

O ministro Mauro Campbell Marques destacou que a ministra Assusete desbravou o espaço da mulher brasileira na magistratura. “É de mulheres juízas como Vossa Excelência, um símbolo para todos nós, que este país precisa. Os jurisdicionados têm em vossas excelências a segurança e a imagem de uma deusa Têmis. Parabéns e muito obrigado como seu jurisdicionado e seu aluno na bancada da segunda turma”, disse.

A filha da ministra, Carolina, representou a família na ocasião e também prestou sua homenagem à mãe. “Como filha, sempre acompanhei a dedicação da minha mãe, desde pequena. Lembro muito dos processos em casa e realmente sou prova viva da dedicação e do comprometimento dela com o jurisdicionado. Mãe, você é digna de todas as homenagens”, afirmou.

Bastante emocionada, a ministra Assusete agradeceu a homenagem e refletiu sobre o pensamento do escritor argentino Jorge Luis Borges: “O tempo não existe. É apenas uma convenção”. E concluiu: “O tempo passou de forma célere. Ainda ontem eu ingressava na magistratura federal em Minas Gerais, em 1984, imbuída de sonhos e anseio de um Judiciário melhor. Notadamente na busca de uma sociedade brasileira melhor, uma sociedade que ainda hoje é marcada por marginalização e exclusão sociais. Depois de tanto tempo, eu ainda persisto nesse sonho. Em breve deixarei a magistratura, mas o farei imbuída da convicção de que cumpri o meu dever. Procurei fazer do melhor modo possível, empreendi o melhor dos meus esforços no exercício da jurisdição em prol da sociedade brasileira.”

[24/11/2023] Brasília/DF - I Congresso Brasileiro Lei de Improbidade Administrativa_Dia 2