Teve início, nesta semana, o Primeiro Curso Básico de Mediação à Distância, do qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o coordenador pedagógico. A finalidade do curso, de que participam duas mil pessoas dos 4.800 inscritos em todo o País, é fortalecer a cultura da mediação e utilizá-la cada vez mais como instrumento de […]
Teve início, nesta semana, o Primeiro Curso Básico de Mediação à Distância, do qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o coordenador pedagógico. A finalidade do curso, de que participam duas mil pessoas dos 4.800 inscritos em todo o País, é fortalecer a cultura da mediação e utilizá-la cada vez mais como instrumento de solução de conflitos.
Com quatro meses de duração e carga horária de 100 horas divididas em oito módulos, o curso ensina técnicas básicas de mediação e pretende capacitar o aluno para começar a atuar na Justiça. A seleção dos participantes foi feita por meio de um questionário que avaliou o conhecimento dos interessados sobre a mediação.
As aulas foram gravadas em DVDs e, por meio de um ambiente virtual, há simulação de dinâmicas, fóruns para debates, esclarecimento de dúvidas, além da supervisão de tutores. Cada aluno recebeu um kit com quatro DVDs, um manual de conciliação, um caderno de exercícios e um guia para o aluno.
“O curso surge como superação de um obstáculo existente fora dos grandes centros urbanos devido à dificuldade de disseminar a técnica no interior do País”, ressaltou o coordenador da Escola Nacional de Mediação e Conciliação (Enam), Igor Lima. De acordo com ele, é necessário aumentar a capacitação dos alunos, bem como levar o conhecimento sobre a mediação para lugares distantes das capitais.
O coordenador da Enam também salientou que há déficits nessa área, tendo em vista a grande demanda de conflitos para poucas pessoas capacitadas em realizar a mediação. Em razão do grande número de interessados, outra edição do curso ocorrerá em breve. Igor Lima disse que esse é o primeiro curso no formato à distância, mas aulas presenciais são realizadas desde 2008 nos tribunais de Justiça de todo o País, decorrentes da parceria do CNJ com o Ministério da Justiça.
Mediador formado – Após o curso, o aluno deverá passar por um estágio supervisionado em tribunais de Justiça ou nas instituições parceiras, tais como o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Advocacia-Geral da União. Com a finalização do curso e do estágio, o aluno formado em mediação será capacitado para atuar como mediador no sistema judicial brasileiro.
Fonte: Agência CNJ de Notícias