A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) iniciou nesta quarta-feira, 20 de março, a Formação de Formadoras e Formadores, Nível 1, Módulo 1, com enfoque na Justiça Eleitoral. Ao todo, 34 pessoas participam do curso, sendo 11 membros da magistratura. A ação educacional é realizada em Brasília, na sede da Escola, e segue até esta sexta-feira, 22 de março.

A secretária de Gestão Acadêmica e de Formação da Enfam, Julia Maurmann Ximenes, explicou que foram firmadas parcerias com as escolas eleitorais no âmbito da Rede Nacional de Escolas Judiciais e da Magistratura (Renejum) e esta é a primeira turma voltada para esse público, com vagas para membros da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e da Rede. “É importante porque estamos ampliando cada vez mais a atuação da Enfam. Além da Justiça Estadual e Federal, a Justiça do Trabalho e a Eleitoral passam por formações no âmbito das diretrizes da Enfam”, disse Julia Ximenes.

A coordenadora pedagógica Marizete Oliveira explicou que a finalidade é formar docentes que sejam capazes de organizar aulas e planejar ações educativas voltadas para o desenvolvimento de competências, considerando as diretrizes pedagógicas da Enfam e das escolas onde trabalham. Segundo Marizete, entre os assuntos abordados em sala de aula estão: o que é ser docente na magistratura, englobando o trabalho e papel dos formadores e consequentemente das equipes que trabalham juntas; metodologias ativas; avaliação; e planejamento, com enfoque em ações educativas.

A formação é ministrada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), José Henrique Rodrigues Torres, e pela pedagoga Emmily Flügel Mathias Maia. As aulas estão voltadas aos elementos da atividade docente no contexto da magistratura. No primeiro contato com os participantes, Torres apresentou paradigmas da pedagogia no Brasil, ainda muito centrada na figura de docentes que buscam instruir, apontar e dirigir.

Em seguida, mostrou fotos de formações realizadas pela Enfam que demonstram um ensino participativo, com o uso de metodologias ativas, além de experiências e práticas interligadas. “Os professores estão centrados não no ensino, mas no aprendizado. O professor orienta, faz mediação, estimula, organiza situações significativas de aprendizagem e insere o aprendiz na prática laboral, porque estamos falando de cursos profissionalizantes. São juízas, juizes, servidoras e servidores que vão realizar condutas profissionais e todos os cursos são direcionados a isso”, explicou o desembargador.

O grupo é formado por 21 mulheres e 13 homens, sendo que 10 pessoas se declaram pretas ou pardas. Em relação aos estados, há representantes do Distrito Federal, do Amazonas, de São Paulo, do Paraná, de Minas Gerais, da Bahia e do Rio Grande do Sul.