O diretor-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), ministro Mauro Campbell Marques, recebeu, nesta quinta-feira (2/2), os alunos do Módulo Nacional de Formação Inicial. Ao todo, são 27 magistradas e magistrados dos estados do Acre e de Alagoas recém-ingressos na carreira.

A visita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou com um bate-papo, no qual o ministro compartilhou um pouco da sua experiência como promotor. Mauro Campbell Marques alertou os magistrados sobre a importância do papel que desempenham a partir de agora. “Quero que entendam que vocês são o Estado brasileiro. Uma das dificuldades que o Estado luta para corrigir hoje é motivada pela falha na compreensão de juízes de que o timbre que assinamos seja uma mera decisão. Essa caneta não é do ministro Mauro, é do Estado brasileiro. E foi assim que incorporei o idealismo que me move de acreditar na responsabilidade que eu tenho com essa caneta na minha mão”, recomendou o diretor-geral da Enfam.

O ministro fez questão de fazer as honras da casa e pessoalmente guiou a visita pelo STJ, iniciada na rampa e seguindo pelo Edifício dos Plenários, Salão de Recepção e Salão Nobre, Tribunal Pleno, salas de julgamento da Segunda Turma e da Primeira Sessão, estúdio de televisão do STJ, Corte Especial, exposição permanente do Tribunal Federal de Recursos, e finalizou em seu gabinete, onde explicou o andamento dos trabalhos.

A magistrada Bruna Barreto, do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, avaliou a experiência de visitar a sede do Judiciário na capital federal como positiva. “Até para acompanhar melhor as decisões do STJ. Aqui temos a vivência de ver quem são os ministros, acompanhar o dia a dia das sessões… A gente passa a enxergar com outros olhos”, disse.

Marilene Goulart Veríssimo, também magistrada, enfatizou a importância de poder aprender com a prática de profissionais mais experientes. “A experiência do ministro é riquíssima. Estou tendo aula com juízes e desembargadores vindos de várias partes do país, e todos esses modos de ver a lide e encarar a jurisdição oxigenam o pensamento do magistrado. O ministro, de maneira muito generosa, compartilhou vários episódios de sua carreira, e me marcou muito o trecho no qual ele diz que a caneta do magistrado, ao assinar uma decisão, está personificando o Estado. Essa é uma lição que vou levar comigo”, observou.

Na última quarta-feira, 1º de fevereiro, o grupo visitou também a sede do Conselho Nacional de Justiça. A primeira etapa do curso de formação, que ocorreu durante toda a semana na sede da Escola, em Brasília, será encerrada nesta sexta-feira, 3 de fevereiro.